DORIAN
Assim que a porta da limusine se fecha, o mundo entra numa tranquilidade lasciva.
O som abafado do salão some. Os flashes param. As vozes viram murmúrios distantes. E então... ela está sobre mim.
Não tenho tempo de ajustar o paletó. Nem de soltar o ar dos pulmões. A última coisa que vejo é o salto dela tocando o assoalho, e no segundo seguinte, Lara está no meu colo — um joelho de cada lado do meu corpo, as mãos no meu rosto, a boca na minha.
Não é um beijo.
É uma tomada.
Ela me beija como se me quisesse em silêncio. Como se cada centímetro entre nós fosse ofensa. Como se a dança e os olhares e o Brent maldito tivessem sido o prelúdio para isso.
Para nós dois. Sem plateia. Sem freio.
Minhas mãos vão para a cintura dela por instinto, mas logo escorregam até as coxas nuas e apertadas contra o meu corpo. O vestido sobe com facilidade, como se tivesse sido feito para ser arrancado. Mas eu não arranco. Não ainda. Porque ela ainda me beija como se me desafiasse a não perder o control