Capítulo 33

Eu precisava agir com precisão cirúrgica cada movimento calculado, cada palavra escolhida como uma lâmina afiada. Não havia espaço para hesitação, nem para deixar que as emoções enfraquecessem minha postura.

Então por que, quando o Nathan entrou na sala, a primeira coisa que senti foi a vontade absurda de me levantar, atravessar a distância entre nós e me certificar de que ele estava bem?

Que o corte não tinha infeccionado. Que ele não estava sentindo dor.

Era irracional, perigoso. Cada fraqueza minha era uma vitória dele. Ainda assim, por um instante, o peso da nossa história me puxou como um ímã o homem que um dia amei, e que agora era meu maior adversário, estava ali.

Eu sabia que precisava manter a armadura no lugar. Se deixasse escapar qualquer gesto de cuidado, ele usaria isso contra mim. E, pior, meu pai veria. E não perdoaria.

O som de passos e o tilintar seco do elevador se abrindo me arrancaram desse turbilhão.

— Vim aqui verificar com meu irmão por que estão realizando
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