O relógio marcava oito horas da noite. Preparei um jantar, que já estava há duas horas esfriando na mesa. Esperei o Nathan às seis. Esperei às sete. Agora eram oito, e tudo seguia do mesmo jeito: silêncio, ausência, frustração. Eu queria acreditar que tinha feito a escolha certa ao me casar com ele. Queria lembrar o homem que conheci, doce, intenso, apaixonado. O homem que enfrentou os meus pais com convicção, jurando que me faria feliz. O homem que me tocava com carinho, me olhava com desejo, me fazia acreditar que éramos uma história contra o mundo. Mas agora? Agora ele mal me olhava. Era como se eu fizesse parte da decoração da casa. Um enfeite caro, bem colocado, mas sem voz, sem função. Tínhamos apenas dois anos de casados, e ele parecia cansado de mim. Como se fosse um fardo o simples fato de dividirmos o mesmo teto. Mas hoje, decidi tentar. Só mais uma vez. Preparei um jantar. Coloquei uma roupa mais curta, mais justa, mais ousada do que o habitual. Fiz uma maquiage
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