Os dias que se seguiram ao atentado transformaram a vida de Amélia em uma guerra silenciosa.
Não havia mais paz nas ruas. A cada esquina, a cada sombra, um par de olhos a seguia.
Desde que matou os quatro homens enviados pelos italianos, Amélia sabia que a guerra não teria trégua. Mas não esperava que Giovanni Moretti fosse tão insistente. Da Itália, ele continuava movendo peças, como se estivesse num tabuleiro de xadrez, enviando capangas para vigiá-la, intimidá-la e, se possível, destruí-la.
Só que Giovanni não compreendia uma coisa: Amélia não se dobrava.
A força de Amélia e determinação deixava Giovanni encantado, então ele testa ela de todas forma possível.
Naquela manhã, ao sair da mansão, ela percebeu o carro preto estacionado do outro lado da rua. Os vidros eram escuros demais para esconder os ocupantes, mas a sensação de que era vigiada já não lhe era novidade.
— Eles estão ficando previsíveis — murmurou Amélia, ajeitando os óculos escuros.
O segurança ao lado dela inclino