O sol ainda não tinha atingido seu auge quando Amélia deixou Benjamin na escolinha. O pequeno correu até os coleguinhas, animado, enquanto ela ficava parada por alguns segundos observando a cena. Havia algo de especial naquela inocência infantil — um contraste doloroso com o mundo em que ela vivia.
Benjamin era o motivo de sua força. Cada respiração, cada decisão, cada tiro disparado… tudo tinha um propósito: proteger o filho.
Amélia voltou para o carro, acompanhada de dois seguranças, e ajeitou-se no banco de trás. Ao fechar a porta, respirou fundo, como se precisasse se recompor antes de mergulhar novamente no universo da máfia.
— Para casa — ordenou, a voz firme, sem espaço para hesitação.
O motorista acelerou, e o veículo blindado ganhou a avenida. A cidade parecia comum: trânsito, buzinas, pedestres apressados. Mas Amélia já aprendera que o inimigo se escondia nos lugares mais banais, esperando a chance perfeita para atacar.
E naquele dia, a chance havia chegado.
O primeiro impac