Os dias passaram e, de repente, as ruas ficaram calmas demais.
Nenhum carro suspeito parado na esquina. Nenhum homem com olhar predatório à espreita. Nenhuma perseguição, emboscada ou tiro.
Era como se os italianos simplesmente tivessem desistido.
Amélia notou a mudança primeiro. Ela sempre fora atenta aos detalhes, e a ausência deles era, de certo modo, o maior alerta.
No começo, pensou que talvez seus inimigos estivessem reagrupando forças, tramando algo maior. Mas as semanas correram, e nada aconteceu.
Nem uma ameaça. Nem uma mensagem. Nem um ataque.
O silêncio se estendia como uma sombra.
Numa tarde ensolarada, Amélia caminhava pelo jardim da mansão, observando Benjamin brincar com um dos seguranças. A brisa soprava suave, mas em seu íntimo a sensação era de algo fora do lugar.
Maxim apareceu, aproximando-se com um copo de uísque na mão. Seus olhos azuis brilhavam sob a luz do sol.
— Está tensa, meu amor — disse ele, tocando-lhe o ombro.
— Não estou tensa. Estou atenta — respond