Maxin Sokolov
Maxin Sokolov não estava acostumado a esperar.
Esperar uma resposta. Um gesto. Uma mensagem. Um sinal.
Muito menos de uma garota que, há poucos dias, dormira em seus braços, gemera seu nome entre lençóis e se entregara a ele com corpo e alma.
Mas Amélia não era como as outras.
E era isso que o deixava louco.
Desde a última noite juntos, Maxin esperava um simples “oi”. Um olhar no restaurante. Um encontro discreto. Mas Amélia sumira. Não atendeu suas chamadas. Não respondeu nenhuma mensagem. Evitava cruzar os olhos com ele sempre que ele ia ao restaurante.
Era como se estivesse tentando apagar tudo.
E isso, para Maxin, era imperdoável.
Ele estava encostado no balcão da suíte, camisa entreaberta, uma garrafa de uísque já pela metade. O celular em sua mão brilhava com a última tentativa frustrada:
Mensagem não visualizada.
Maxin atirou o aparelho contra a parede. O barulho do impacto ecoou no silêncio do quarto luxuoso.
— Maldição… — rosnou, passando a mão pelos cabelos, i