Paixões Perigosas: Tentando o Mafioso

Paixões Perigosas: Tentando o MafiosoPT

Máfia
Última atualização: 2025-07-17
Ría Luxuria  Atualizado agora
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Índice

Emilia Collins nunca imaginou que sua vida mudaria para sempre após o desaparecimento de sua irmã mais nova, Ana. Determinada a descobrir a verdade, ela mergulha nos cantos mais obscuros de Crestview — uma cidade onde luzes de néon escondem segredos e as sombras guardam perigos mortais. Durante sua busca, Emilia cruza o caminho de Alexander Sidorov, um magnata envolto em mistério e poder. Com negócios que transitam entre o luxo e o submundo, ele é ao mesmo tempo sua maior esperança... e sua ameaça mais perigosa. À medida que seus destinos se entrelaçam, os limites entre justiça e vingança, desejo e destruição, começam a desaparecer. Em um mundo onde confiar pode ser fatal, Emilia precisa decidir até onde está disposta a ir. E Alexander terá que enfrentar uma verdade inevitável: alguns amores são intensos demais para sobreviver à luz. Entre festas perigosas, traições que ferem a alma e uma paixão que desafia todas as regras, eles descobrem que o amor pode ser tanto redenção quanto perdição. Mas será que duas almas marcadas podem construir um futuro juntas... ou estão destinadas a se destruir?

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Capítulo 1

Capítulo 1 — As Sombras do Passado

O silêncio dominava o apartamento de Emilia Collins, rompido apenas pelo zumbido preguiçoso do velho ventilador girando no teto. Ainda assim, era como se o tempo tivesse parado ali — exceto pela jovem de cabelos negros sentada diante do espelho da pequena penteadeira.

O espaço exíguo exalava uma atmosfera pesada e estagnada. Bastava um olhar atento para sentir o peso das mágoas e da desventura que habitavam cada canto.

Ela terminava de prender o cabelo em um rabo de cavalo alto; os olhos, cansados e ligeiramente fundos, desviavam-se instintivamente em direção à foto desbotada encaixada ao lado da moldura do espelho.

A imagem de duas meninas sorridentes, lembrança de dias mais simples, era o único toque de calor naquele lugar.

O rosto de Ana, sua irmã mais nova, estampado na foto, era o lembrete constante da missão que guiava Emilia havia dois anos: encontrá-la. Sentiu um aperto no peito — uma dor surda e persistente que já fazia parte dela, quase imperceptível de tanto carregá-la.

Ela queria ver... precisava saber... Ana estava viva? E se não estivesse, ao menos desejava encontrar respostas sobre seu desaparecimento.

Naquela noite, enfim, voltaria ao lugar onde tudo havia começado.

O apartamento era pequeno, e cada objeto nele estava impecavelmente posicionado, refletindo a obsessão por manter tudo sob controle. As paredes brancas, praticamente nuas, intensificavam a sensação de vazio — de uma vida em pausa. Emilia queria que, se Ana voltasse, percebesse que nada havia mudado. Aquele ainda era seu lar. E só ela poderia devolver vida àquele espaço.

Levantou-se, passou os dedos pelo novo — e ao mesmo tempo antigo — uniforme, ajustando os punhos com movimentos mecânicos. Era como se aquele ritual lhe devolvesse um pouco de domínio sobre si mesma. Mas os pensamentos escapavam, indomáveis. Por trás da expressão contida, uma tempestade se formava: culpa e raiva dançavam entre memórias que antes traziam felicidade.

Lembrou das tardes com Ana, das risadas e segredos compartilhados — agora transformados em fantasmas que a perseguiam incansavelmente.

Soltou o ar com força, tentando se livrar das emoções represadas. Só voltou a inspirar quando a falta de oxigênio lhe roubou a clareza. Vestiu o suéter que estava pendurado na cadeira, ajustou a gola e fechou o zíper. Olhou rapidamente para o relógio na parede: seis e quinze. Tinha tempo justo para pegar o ônibus.

Pegou a bolsa e caminhou até a porta, lançando um último olhar ao apartamento. Tudo estava em ordem. Nada fora do lugar. Ela não escondia seu comportamento compulsivo — cultivado nos últimos meses para manter a mente ocupada e evitar o abismo.

Chegou a tempo de embarcar. O trajeto até o Mercantile Quarter duraria cerca de quarenta minutos. Por sorte, encontrou um assento vago. O balanço do veículo ofereceu a pausa necessária para reorganizar os pensamentos. O ruído do motor e as conversas abafadas tornaram-se um fundo sonoro que permitia que sua mente divagasse. Olhou pela janela o caminho todo — as luzes da cidade refletiam no vidro, formando feixes multicoloridos que borravam os contornos urbanos, mas traziam vida à noite.

O som de uma notificação a despertou. Era uma mensagem no W******p, do detetive Hayes:

Emilia, tome cuidado. Neste mundo, a curiosidade pode ser fatal. Ana não gostaria que você perdesse a vida por causa dela.

Seus dedos tremularam levemente ao ler. Gabriel Hayes havia liderado a investigação sobre o desaparecimento de Ana no início, mas com o passar do tempo — e os inúmeros becos sem saída — o caso foi oficialmente arquivado.

Nada do que Emilia fez — nenhuma pista seguida ou evidência apresentada — foi suficiente. Sempre havia algo invisível que interrompia sua busca. Mesmo assim, Hayes continuava oferecendo ajuda, embora de forma informal. Seus alertas, porém, apenas alimentavam a determinação fervorosa de Emilia em chegar ao fim.

Quanto mais obstáculos encontrava, mais insistia.

Dois anos de buscas intensas a levaram de volta ao antigo emprego. Ela percorreu bares, restaurantes e casas noturnas, em busca de qualquer sinal de Ana — dos cantos mais perigosos e sombrios aos mais luxuosos, que escondiam suas sujeiras atrás de sedas, cristais e bebidas refinadas.

Nesses vinte e quatro meses, encarou o lado mais cruel e obscuro da natureza humana. Mas nunca desistiu.

Enquanto guardava o celular no bolso do suéter, um pensamento a atravessou: “E se, desta vez, eu realmente encontrar alguma pista?” Foram dois anos sem descanso. A esperança seguia instável, como um fio prestes a se romper. Fechou os olhos por um instante, tentando conter o nó que se formava na garganta.

O ônibus parou com um chiado, e o nome da estação apareceu na tela. Emilia desceu, mergulhando no burburinho e nas luzes vibrantes do Mercantile Quarter.

Caminhou pelas poucas quadras até o restaurante. Parou diante da fachada imponente, apertando os maxilares com tanta força que os dentes começaram a doer.

Ela estava de volta. E, desta vez... descobriria a verdade.

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Capítulo 1 — As Sombras do Passado
Capítulo 2 — O Favor do Destino
Capítulo 3 — Apreço por um Serviço Impecável
Capítulo 4 — Marcas de Carmim
Capítulo 5 —Advertências na Noite
Capítulo 6— A Beleza dos Olhos Sem Vida
Capítulo 7 — Luxo e Decadência
Capítulo 8 — Encontro entre inimigos
Capítulo 9: Sondando os Limites (1)
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