Quando o corpo cala o que a boca não consegue mais negar

Leonardo Cassani

Ela me olhava como se estivesse dividida entre fugir e ficar. Norman era assim: coragem por fora, caos por dentro. Eu não dei espaço para a dúvida crescer. Caminhei até ela, encostando o corpo dela na parede da suíte, minhas mãos prendendo seus pulsos acima da cabeça.

— Eu avisei que ia te ter, Norman. — minha voz saiu baixa, mas firme. — E agora não tem volta.

Ela respirava rápido, os olhos azuis faiscando entre medo e tesão. Minha boca tomou a dela com violência. Beijei como quem domina, língua invadindo, dentes mordendo, até ela gemer contra meus lábios. Quando soltei, puxei seu queixo para cima.

— Você é minha. — rosnado, sem espaço para réplica. — Entendeu?

Ela apenas assentiu, mordendo o lábio. Eu a soltei e imediatamente arrastei pelo braço até a cama. Joguei-a sobre os lençóis brancos e subi por cima, ajoelhado entre suas pernas. Arranquei os sapatos dela, depois puxei a saia para cima, expondo a calcinh