Quando um contrato se transforma em desejo
Norman Andrade Paixão
O silêncio na suíte era pesado, diferente de qualquer silêncio que já experimentei. O ar cheirava a uísque, suor e algo proibido. Ele estava sentado à beira da cama, nu, o corpo ainda úmido, os músculos tensos como se carregassem o peso do mundo. O lençol mal cobria minhas pernas, mas não era isso que me deixava desconfortável — era o olhar dele.
— Norman… — a voz saiu baixa, controlada, mas com uma urgência que queimava. — Eu sei que nos conhecemos há pouco tempo. Mas eu falei sério. Se você precisa de um tempo para me conhecer melhor, eu te dou. Podemos fazer o que você quiser, como você quiser.
Ele respirou fundo, como se a próxima frase fosse inevitável.
— Mas casa comigo. Eu preciso proteger você. E sendo minha, fica mais difícil alguém ousar tocar em você.
Meu coração parou. Eu arregalei os olhos, sem saber se ria ou chorava.
— Mas como assim, Lorenzo? — escapou da minha boca.
Ele se virou, e o olhar dele foi tão d