Quando a mentira cai e a verdade corta mais fundo que a paixão
Norman Andrade Paixão
Eu não sei dizer o que foi mais avassalador naquela noite em Mônaco.
Se foi o olhar dos quatro homens poderosos me avaliando como se eu fosse parte da mesa de negociações…
Se foi o silêncio frio de Leonardo quando segurou o príncipe pelo colarinho…
Ou se foi a frase que ele cuspiu, firme, como uma sentença:
— Ela não é apenas minha secretária. Ela é minha noiva.
As palavras ecoaram dentro de mim como uma explosão.
Meu corpo inteiro paralisou. Eu? Noiva? Como assim?
Olhei para ele em choque, mas Leonardo já puxava minha mão com força, tirando-me do restaurante diante dos olhares perplexos de todos.
A limusine parecia sufocante. Ele estava sentado ao meu lado, mas a tensão entre nós preenchia cada centímetro. Eu apertava as mãos no colo, tentando manter o controle. Ele respirava fundo, visivelmente nervoso, os olhos fixos na janela como se precisasse se conter para não explodir de novo.
Aquele silêncio