Porque toda história merece o seu “felizes para sempre.”
NORMAN PAIXÃO CASSANI
Estou nervosa.
Minhas mãos nunca suaram antes, mas hoje… hoje estão úmidas, trêmulas.
Vinte dias atrás, quando acordei e vi Leonardo ao telefone, sussurrando algo que me fez sentir medo, não entendi o motivo daquela sensação.
Agora entendo.
Naquele dia, o medo era apenas reflexo dos meus hormônios dançando dentro de mim.
A sensibilidade da gravidez brincava com as minhas certezas, e eu, sem saber, já começava a sentir o que é ser mãe.
Meus bebês agora completam quatro meses.
A ultrassonografia morfológica foi ontem — e revelou o que parece um milagre: um casal.
Gêmeos, sim, mas com placentas separadas, o que significa que não serão idênticos.
Um menino e uma menina.
Meu Deus, um casal!
Laís e Lorenzo.
Quando eu disse os nomes, Leo chorou.
E eu, que sempre fui forte, chorei junto.
Sabe, parece que foi ontem que entrei naquela empresa apenas para servir café.
Nunca imaginei que o “chefe temporário”, o CEO