9. Labirintos da memória e do medo
A nova missão dada por Don Costello era uma faca de dois gumes para Leonardo. Supervisionar o reconhecimento e a neutralização do sistema de alarme secundário do Banco Rossi era, por si só, uma tarefa de altíssimo risco, uma incursão ainda mais profunda no território inimigo. Contudo, era também a desculpa perfeita, a cobertura ideal para sua própria caçada silenciosa: a busca pelo "Cofre Privado – L.R. – 1928", aquela anotação quase fantasmagórica nas plantas antigas que prometia desvendar os segredos de seu passado.
Os dias que antecederam a nova infiltração foram consumidos por um planejamento febril e meticuloso. O apartamento na lavanderia transformou-se novamente em seu santuário e laboratório. Leonardo debruçava-se sobre as plantas, comparando as versões antigas com as novas, tentando triangular a localização provável do velho cofre com as instalações do novo sistema de alarme. Seria no subsolo? Numa ala desativada do edifício original? Cada hipótese era analisada, cada possibi