A Rosa da Máfia

A Rosa da Máfia PT

Máfia
Última atualização: 2025-06-16
Eudenha Alecrim   Em andamento
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Índice

Rosa Duret, uma jovem de dezenove anos, tem uma beleza única que logo atrai os olhares de todos. Seus cabelos ruivos flamejantes e sua pele clara, coberta por pequenas sardas, tornam-na uma figura memorável. Ela vive com sua irmã, Jéssica, e cuida de seu sobrinho com uma dedicação que transcende o vínculo de tia e sobrinho, tratando-o como seu próprio filho. Apesar da juventude, Rosa carrega o peso das responsabilidades que normalmente caberiam a uma mãe, lutando para equilibrar seus estudos com um trabalho árduo. A vida de Rosa nunca foi fácil. Criada no campo, em uma pequena cidade cercada pela tranquilidade e beleza da natureza, sua existência sempre foi simples, mas marcada por desafios. Desde cedo, ela aprendeu a lidar com as dificuldades da vida rural, onde cada dia é uma batalha contra a escassez e a solidão. Mesmo com tantas responsabilidades, ela nunca deixou que seus sonhos desaparecessem. Rosa se vê forçada a deixar tudo para trás e se mudar para Paris, em busca de novas oportunidades. Na capital francesa, ela se encontra imersa em um mundo completamente diferente, mais urbano e perigoso. É nesse cenário que ela conhece Guilherme Moreau, um enigmático mafioso, herdeiro de uma das famílias mais poderosas e influentes da máfia francesa. Guilherme, com sua presença imponente e olhar penetrante, logo desperta algo em Rosa que ela jamais imaginou que poderia sentir. Ele é um homem envolto em mistérios, com um passado sombrio, e sua vida é marcada por perigos e segredos. Rosa se vê envolvida em um jogo perigoso, onde confiança é rara e a verdade é um luxo que poucos podem se permitir. Ela luta para manter sua independência e ao mesmo tempo enfrenta os desafios de um mundo repleto de sombras, onde os próprios sentimentos podem se tornar uma ameaça.

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Capítulo 1

Itália

Rosa cresceu em um ambiente sufocante. Perdeu a mãe muito jovem para o câncer e ficou aos cuidados de um pai alcoólatra e violento. Ela vivia na tensão constante de escapar de abusos e das agressões físicas que marcavam seu corpo e alma.

Jéssica, sua irmã mais velha, tinha dez anos a mais e sempre fez questão de lembrar Rosa de que foi ela quem assumiu a responsabilidade de criá-la. Fria, autoritária e amarga, Jéssica nunca demonstrava afeto ou compaixão, e sua única preocupação era controlar a irmã. Apesar disso, Rosa encontrava forças no amor por Vitor, seu sobrinho. Ele era o único motivo que a mantinha de pé, o único laço que impedia que ela caísse em um poço de desespero.

Pedro, filho de Jéssica, era uma criança frágil e retraída. Aos sete anos, parecia menor e mais infantil do que realmente era, consequência de uma vida de negligência e medo. Nunca conheceu o pai e convivia com o fardo de ser indesejado, algo que Jéssica fazia questão de deixar claro em palavras e atitudes. O menino só confiava em Rosa, e essa confiança era o único alívio para ambos.

---

Naquela madrugada, Rosa foi despertada por um movimento no quarto. Ela não abriu os olhos de imediato, pensando que fosse o pai bêbado mais uma vez. Era comum ele invadir os cômodos durante a noite, mas raramente fazia algo quando Vitor estava perto.

— Levanta, Rosa. Sei que está acordada. Precisamos sair daqui agora — disse Jéssica, de pé ao lado da cama.

— O que está acontecendo? — perguntou Rosa, confusa e ainda sonolenta.

— Não comece com as perguntas. Você devia era agradecer por eu estar aqui te salvando. Se dependesse de mim, eu te deixava aqui para lidar com o nosso pai, mas não. Eu sou uma pessoa boa, então estou te dando a chance de fugir. Agora pega suas coisas, só o essencial. Vamos embora.

Jéssica não deu tempo para Rosa argumentar. Com o coração disparado, ela acordou Vitor e começou a juntar algumas roupas às pressas.

— E a escola do Vitinho? Minha faculdade? — Rosa ainda tentou questionar.

— Esquece isso. Escola e faculdade não vão servir de nada se você estiver morta! Papai se meteu em uma confusão muito grande, e nós estamos no meio. Se ficar aqui, você e esse garoto não vão sobreviver.

Rosa sentiu um frio na espinha, mas seguiu as ordens. Do lado de fora, um carro caro as aguardava. O motorista, sério e calado, dirigia sem dizer uma palavra, e Rosa sentia-se cada vez mais desconfortável. Não confiava em Jéssica e muito menos no desconhecido.

O carro as deixou no aeroporto. Rosa observou quando o motorista entregou um envelope a Jéssica, que abriu um sorriso satisfeito ao recebê-lo.

— Para onde estamos indo? — Rosa perguntou, tentando entender a situação.

— Para a Itália. Vamos nos esconder por lá durante um tempo. É só isso que você precisa saber — respondeu Jéssica, com impaciência.

Após horas de viagem de avião e ônibus, chegaram a Itália por volta do meio-dia. Vitor reclamava de fome, e Rosa também estava faminta, mas sabia que não tinham dinheiro.

Ao chegarem em um hotel, Jéssica parecia outra pessoa. Gentil, educada e sorridente, apresentava Vitor como sobrinho, e não como filho, o que despertou a curiosidade de Rosa. Quando chegaram ao quarto, porém, a verdadeira Jéssica voltou à tona.

— Escutem bem. A partir de agora, Vitor é seu filho, Rosa. Entendeu, moleque? — disse Jéssica, puxando a orelha do menino, que começou a chorar. — Você vai dizer que engravidou na adolescência, que o pai sumiu e que eu te ajudei a criar ele. Inventa qualquer história.

— Por que temos que mentir? — Rosa questionou, indignada.

— Porque sim. Faz o que eu estou mandando e cala a boca. Ou prefere voltar pra casa e lidar com o nosso pai sozinho?

Rosa sentiu um nó na garganta, mas não se calou.

— Eu não sou burra, Jéssica. Sei que empresas contratam mães solteiras. O que você está escondendo?

Jéssica bufou de raiva e puxou Rosa pelos cabelos.

— Nosso pai está enfiado até o pescoço em problemas sérios. Estamos fugindo disso, eu preciso de um emprego em uma empresa importante, e ter um filho seria um empecilho. Agora faz o que eu estou mandando ou pode dar meia-volta e lidar com a bagunça que ele deixou.

Rosa sabia que a história de Jéssica não fazia sentido, mas também sabia que não podia voltar. Fugir era a única opção para escapar do pesadelo que viviam. Mesmo desconfiada, decidiu seguir em frente, por ela e pelo sobrinho.

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