117. O vinhedo das memórias e o prólogo de um novo tempo
Cinco anos. Na vastidão da existência, um mero piscar de olhos. Mas para Leonardo e Sabrina, na serenidade de sua vila na Toscana, aqueles cinco anos foram uma eternidade de paz, uma recompensa que saboreavam a cada nascer do sol, a cada taça de vinho colhido de seus próprios vinhedos. A guerra, os fantasmas, a caçada implacável – tudo se tornara uma história distante, um eco em sua memória, a fundação de pedra sobre a qual construíram seu santuário de amor e normalidade.
Lio, o filho deles, era agora um jovem homem de vinte e quatro anos, o orgulho e o reflexo de seus pais. Completara seus estudos em arquitetura e relações internacionais com uma brilhantice que impressionara seus mestres, e agora, dividia seu tempo entre a vila na Toscana e os "Ninhos da Fênix", os projetos da Fundação Bellini-Rossi que ele ajudava a liderar em cantos esquecidos do mundo. Ele carregava o legado de seus avôs não como um fardo, mas como uma bússola, usando a genialidade de um e a consciência do outro p