8. Ecos no labirinto
A madrugada encontrou Leonardo imerso na penumbra de seu apartamento, os louros da vitória da noite anterior transformados em cinzas amargas em sua boca. "Você é um dos nossos agora." As palavras de Don Costello, ditas com uma satisfação quase paternal, ecoavam em seus ouvidos, não como um reconhecimento de valor, mas como o clangor de grades se fechando. Ele conseguira as plantas, sim. Provara sua utilidade, sua frieza, sua capacidade de operar nas sombras. Mas cada passo à frente no mundo dos Costello parecia arrastá-lo para mais longe de qualquer simulacro de redenção que ele pudesse almejar, mais fundo no pântano moral que ameaçava engolir os últimos resquícios de sua alma.
E então, havia Sabrina.
A lembrança dela era uma chama teimosa na escuridão de seus pensamentos. O toque acidental de suas mãos, a curiosidade em seus olhos cor de mel, o sorriso que desarmara suas defesas mais endurecidas por uma fração de segundo. Era uma distração perigosa, uma fraqueza que ele não podia se p