35. A noite e o cerco
Zurique à noite era um espetáculo de luzes discretas refletidas nas águas escuras do Limmat, uma fachada de tranquilidade e ordem que escondia os segredos mais profundos do poder financeiro mundial. Para Leonardo e Sabrina, no entanto, cada sombra elegante, cada fachada de banco imponente, era um lembrete do perigo que os cercava. A contagem regressiva para a incursão ao "Deposito Fiduciae" de Lorenzo Bellini havia começado.
Giovanni, o velho banqueiro suíço, com sua calma e conhecimento ancestral dos labirintos da instituição financeira, era o guia deles naquela jornada ao coração das trevas. Beatriz, de um local seguro e remoto na Itália, era seus olhos e ouvidos digitais, uma maestro fantasma orquestrando desvios, neutralizando sistemas de vigilância e mantendo um canal de comunicação tênue, mas vital, com Leonardo. "A 'auditoria de segurança' que o Consórcio Sombra instigou no banco tornou tudo mais complicado," Giovanni sussurrou, enquanto os conduzia por uma entrada de serviço di