34. O guardião suíço e a sombra do consórcio
Genebra recebeu Leonardo com um ar de neutralidade fria e opulência discreta, um contraste gritante com o caos e a violência que ele deixara para trás. Mas, sob a fachada de tranquilidade, sentia os olhares. Não a vigilância bruta dos capangas de Rocco, mas algo mais sutil, mais profissional. Observadores treinados, movendo-se com uma eficiência quase invisível nas ruas movimentadas, nos cafés elegantes. O "Consórcio Sombra" que Giovanni mencionara a Sabrina, ou a agência internacional de crimes financeiros alertada pela tempestade digital de Beatriz? Ou ambos? Leonardo sabia que cada passo seu na Suíça seria monitorado.
Despistar essa vigilância exigiu toda a sua astúcia, seus anos de experiência em operar nas sombras. Usou a multidão, as mudanças rápidas de transporte público, os becos estreitos da cidade velha, até finalmente alcançar o pequeno antiquário que servia de ponto de encontro com Giovanni, o fiel guardião dos segredos de seu avô.
Giovanni era um homem que o tempo envelhec