36. Das cinzas , um sussurro de esperança
A "morte" de Leonardo fora uma cortina de fumaça providencial, um véu de sorte e talvez, ele suspeitava, uma sutil manipulação de Tulio nos momentos finais do caos no Banco Rossi. O "colapso estrutural" na ala antiga, convenientemente sobre a área do cofre Bellini, fora noticiado como o túmulo provável do líder do assalto. Perfeito. Enquanto a polícia vasculhava escombros e a famiglia Costello lamentava a perda de um ativo valioso (ou, no caso de Rocco, celebrava a eliminação de um rival), Leonardo, ferido e exausto, refugiava-se no mesmo galpão abandonado onde deixara Sabrina dias antes.
O lugar, antes um refúgio temporário, agora era sua única base de operações, seu ninho de fênix. O corte no braço, resultado da briga no "Ninho da Serpente", latejava com uma dor insistente, mas ele o limpou e refez o curativo com a precisão de quem já cuidara de ferimentos piores. A dor física era um lembrete constante da realidade, mas a dor em sua alma era mais profunda: Sabrina. Ela estava nas mã