33. A valsa macabra da invasão
As palavras enigmáticas de Tulio ecoaram na mente de Leonardo como um sino fúnebre enquanto a cidade despertava lentamente para o dia que selaria tantos destinos. "Seja esperto. Seja rápido." Um conselho? Uma ameaça? Ou simplesmente a constatação fria de um homem que via as engrenagens do destino girando impiedosamente? Leonardo não tinha tempo para decifrar. O relógio avançava, e cada segundo o aproximava do abismo – ou da redenção.
Ele repassou mentalmente, pela centésima vez, cada detalhe de seu plano multifacetado. O assalto ao Banco Rossi, uma obra de arte estratégica para satisfazer a cobiça de Don Costello. A incursão secreta ao cofre de Lorenzo Bellini, o coração de sua própria e sombria jornada por justiça. E, o mais crucial, o plano Fênix: a rota de fuga para Sabrina, a promessa de um renascimento das cinzas daquela destruição iminente. Tudo interligado, cada peça dependendo da outra, uma dança macabra sobre um fio de navalha.
No quarto dourado da fortaleza Costello, Sabrina