27. O inferno na montanha e o sacrifício da guardiã digital
O primeiro disparo estilhaçou a janela da cabana de caçadores, cacos de vidro voando como diamantes mortais sob a luz fraca da manhã que lutava para romper a neblina da montanha. O alarme de proximidade de Beatriz, que soara momentos antes, fora apenas o prelúdio da sinfonia infernal que se anunciava. Rocco e seus homens os haviam encontrado. O refúgio precário transformara-se numa ratoeira.
"Eles estão por todos os lados!" Beatriz gritou, os olhos fixos na tela de seu tablet, que exibia um mapa tático improvisado com os pontos de calor dos homens de Rocco se aproximando. "Pelo menos uns quinze. Armados até os dentes." Leonardo, o rosto pálido e suado pela febre e pela dor dos ferimentos, mas os olhos azuis brilhando com uma intensidade selvagem, verificou a carga de sua pistola. Tinha pouca munição. A situação era desesperadora. "Sabrina, fique abaixada, longe das janelas," ele ordenou, a voz rouca. "Beatriz, consegue criar alguma interferência nas comunicações deles? Ou alguma distra