26. Cicatrizes e sussurros na penumbra
A fuga do "Ninho da Serpente" fora um borrão de adrenalina, medo e a estranha, quase surreal, sensação de cumplicidade entre Leonardo e Sabrina. Ele, sangrando e exausto, mas com os instintos de sobrevivência em alerta máximo; ela, aterrorizada, mas com uma nova e chocante consciência da brutalidade do mundo dele e do papel inesperado que ela mesma desempenhara. Paolo Cuca não era mais uma ameaça abstrata; era um predador com um rosto e uma voz, e Sabrina agora estava marcada em sua memória como associada de seu inimigo.
Leonardo não os levou a nenhum de seus esconderijos conhecidos pela famiglia Costello. Em vez disso, guiou o carro anônimo por um labirinto de ruas esquecidas até um velho galpão abandonado numa zona industrial decrépita, um lugar que ele descobrira e preparara há anos, para uma emergência que ele sempre soubera que poderia chegar. Era um refúgio de sua vida anterior, antes dos Costello, um eco de um passado que ele tentava inutilmente enterrar. O lugar cheirava a fer