28. O voo solitário da andorinha e o sussurro das cinzas
O rugido do motor do velho jipe era um lamento fúnebre nos ouvidos de Sabrina enquanto ela se afastava da clareira na montanha, o espelho retrovisor refletindo apenas a escuridão da mata e o eco dos disparos que selaram o destino de Leonardo. Cada solavanco da estrada de terra maltratada era um golpe em seu coração já em pedaços. Ele ficara para trás. Para ela. Beatriz também. Sacrificara-se para que a verdade viesse à tona. A solidão era um manto gelado, o peso da responsabilidade, uma bigorna sobre seus ombros.
Lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto, misturando-se à poeira e à fuligem da batalha. Ela dirigia no piloto automático, os olhos fixos na estrada precária, mas a mente revivendo cada momento dos últimos dias, cada olhar de Leonardo, cada palavra trocada, o beijo desesperado na Doca 7, a ternura em seus olhos feridos no Ninho da Águia. O amor que florescera em meio ao caos agora era uma ferida aberta, sangrando desesperança.
Atrás, na montanha, a batalha terminara com a