28. A orquestra do caos

O ar no refúgio improvisado dos Costello, onde Leonardo fora instalado para finalizar os planos do assalto ao Banco Rossi, era rarefeito, pesado com a desconfiança mútua. Rocco pairava sobre ele como um abutre, cada pergunta uma bicada, cada sugestão uma armadilha velada. Seus olhos porcinos, injetados de inveja e suspeita, não perdiam um único movimento de Leonardo, um único rabisco na planta baixa, uma única hesitação em sua voz. Tulio, por outro lado, permanecia uma esfinge, observando em silêncio, sua presença uma pressão constante, mas indecifrável.

Leonardo, no entanto, era um mestre na arte da dissimulação. Externamente, era a personificação da eficiência fria, do estrategista implacável. Debatia com Rocco sobre rotas de fuga, sobre o armamento necessário, sobre os métodos de neutralização da segurança do banco, sempre com uma lógica impecável que deixava o capo mais brutal sem argumentos, embora não menos ressentido. Apresentava a Tulio cronogramas detalhados, análises de risc
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