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Amor Intenso Como o Mar

Amor Intenso Como o MarPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Teresa Matos  Completo
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Resumen
Índice

Meu amigo de infância e meu irmão se apaixonaram pela estudante carente que veio morar em nossa casa. Vendo todo o carinho e amor da família sendo roubados por ela, decidi me desvincular desse núcleo familiar para sempre. Após minha partida, o homem que outrora desejou minha morte se desesperou em sua busca por mim.

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Capítulo 1

Capítulo 1

— Diretor, decidi transferir minha patente para o Estado e me juntar ao Instituto Nacional de Medicina.

O diretor se levantou, emocionado:

— Que maravilha, Catarina, sua patente com certeza salvará centenas de milhares de pacientes. Mas, lembre-se, este é um laboratório de nível nacional, altamente confidencial. Você precisará se manter afastada por pelo menos três anos. A partida é em dez dias. Tem certeza de que não quer conversar com seu namorado e sua família antes?

— Não é necessário.

Catarina esboçou um sorriso amargo.

Afinal, naquela casa, já fazia tempo que não havia mais lugar para ela.

No ano anterior, Joana Lemos, a estudante carente que a família sempre apoiara, foi acolhida pelo pai após perder os pais em um acidente de carro.

Diferente de Catarina, que sempre agia discretamente, Joana sabia agradar as pessoas.

Em menos de um ano vivendo com a Família Serpa, ela se tornou a queridinha de todos.

Não apenas o pai passou a tratá-la como um tesouro, mas até o noivo de infância de Catarina e seu irmão se apaixonaram por ela.

A foto da mãe de Catarina foi quebrada por Joana, mas o pai apenas disse que o passado deveria ser deixado para trás, removendo todo o altar.

Até mesmo a patente do stent cardíaco, criada por Catarina em memória da mãe, Joana tentou tomar para si.

Para forçar Catarina a ceder, seu amigo de infância, com quem cresceu e se apaixonou, chegou a ameaçá-la com o término do relacionamento.

O laço de sangue e o amor de infância não foram páreos para as palavras doces de Joana.

Catarina já estava cansada de disputar o amor das pessoas.

Assim, decidiu ir embora, escolhendo finalmente libertar a si mesma...

De volta à casa.

Diferente dela, sozinha e isolada, a sala de jantar estava cheia de vida e alegria.

A família celebrava o aniversário de um ano da nova vida de Joana na Família Serpa.

Ninguém lembrava que hoje também era o aniversário de Catarina.

Desde a morte da mãe, ninguém mais lhe dera presentes ou celebrara seu aniversário.

Ela viu seu namorado, Bruno Tavares, e seu irmão, Fábio Serpa, sentados de cada lado de Joana, olhando para ela com sorrisos ternos e lhe entregando presentes.

No rosto frio de Catarina, não havia o menor traço de emoção.

Ela mal passou pela sala de jantar.

O pai dela, Gilberto Serpa, logo a chamou:

— Já falou com o diretor sobre transferir a patente para a Joana, como eu pedi?

Catarina balançou a cabeça e disse:

— A patente já não é mais minha.

Os outros, ao ouvir isso, pensaram que Catarina havia cedido.

Bruno, ainda mais empolgado, abraçou Joana: — Que ótimo! Essa é uma patente nacional, com isso você não terá problemas para entrar em qualquer faculdade ou conseguir emprego, parabéns.

Catarina observava friamente, prestes a se virar e sair.

Joana cortou um pedaço de bolo de manga e o levou até Catarina: — Catarina, obrigada por tudo o que fez por mim. Este é para você.

Quando virou-se de costas para os outros, Joana tirou a máscara de menina boazinha, ostentando um olhar provocador.

Era a postura de uma vencedora.

Catarina respondeu com frieza: — Leve isso daqui.

Joana sabia, melhor que qualquer um, que Catarina era alérgica a manga, haviam pego juntas o resultado dos exames dois dias antes.

— Por que está brava com ela, Catarina? Fui eu quem pediu para transferir a patente. Se está com raiva, venha descontar em mim. — Bruno se levantou, encarando Catarina friamente.

Joana enxugou as lágrimas, a voz trêmula:

— Bruno, não culpe a Catarina. Se alguém tem culpa, sou eu.

— Nunca houve nada nesta casa que realmente fosse meu.

— Sei que Catarina sempre achou minhas coisas sujas. Me desculpe, Catarina. Se você não gosta de mim, posso ir embora hoje mesmo.

— Não quero ser um peso. Só quero retribuir a generosidade do Sr. Serpa. Me desculpem...

— Joana, esta é sua casa. Se alguém tentar te expulsar, serei o primeiro a impedir. — Fábio imediatamente a segurou.

Gilberto atirou o garfo na mesa, furioso:

— Todos estavam felizes até você chegar e estragar tudo.

— Quando é que você vai aprender a se comportar?

— Como eu, Gilberto, pude criar alguém tão mesquinho e sem educação?

— Coma o bolo agora e peça desculpas à Joana.

Diante do olhar de desprezo do próprio pai, mesmo já tendo decidido deixar aquela família cruel, as mãos de Catarina tremiam incontrolavelmente, o coração apertado como se estivesse sendo esmagado.

Com esforço, ela murmurou entre os dentes:

— E se eu não quiser?

Não esperava que, ao terminar a frase, uma bofetada atingisse seu rosto.

Em seguida, num acesso de fúria, Gilberto agarrou o pedaço de bolo e o enfiou à força na boca dela.

Tudo aconteceu tão rápido que, antes que Catarina pudesse reagir, sua boca ficou dormente, a respiração difícil, as pernas fraquejaram, e ela caiu no chão.

Joana fingiu preocupação: — Catarina, está tudo bem? Quer que eu chame uma ambulância?

— Deixe pra lá, ela está só fingindo. Vamos continuar.

...

As vozes ao redor eram confusas e distantes.

Catarina quase rastejou até o quarto.

Abriu a gaveta, pegou o remédio, engoliu rapidamente e, com as últimas forças, ligou para o resgate.

Seu olhar era vazio, fixando o teto:

Faltava pouco, apenas dez dias.

"Logo, poderia sair daquela casa gelada."

"Longe dessas pessoas podres."

"Ir para um lugar onde ninguém a conhecesse."

Parentes de sangue tão distantes quanto estranhos, um amor falso e vazio — ela não queria mais nada disso.
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