As estrelas formavam correntes no céu, e Justino permanecia quieto, enrolado no banco de pedra banhado pelo luar.
Ele apoiava o antebraço sobre o joelho de Catarina, mas o olhar não conseguia se desviar do rosto dela.
A luz da lua repousava sobre a pele de Catarina como uma camada de geada fina, tornando-a radiante mesmo na escuridão da noite.
Somente quando o creme tocou a queimadura, Justino prendeu a respiração, sentindo um frio percorrer o corpo e, assim, voltou a si.
— A queimadura está bem séria. Se não cuidar direito, pode ficar com cicatriz, sabia? Você também é estudante de medicina, como pode ser tão descuidado?
— Não tem problema, eu sou homem, uma cicatriz no braço não vai incomodar ninguém.
— Eu me importo.
Catarina suspirou, deixando o olhar do rapaz totalmente perdido.
Após terminar de aplicar o remédio, ela olhou para ele com seriedade: — Justino, volte para a faculdade amanhã. Eu entendo o que sente, mas agora não tenho tempo para romances, e não quero que você desperd