Capítulo 6
Catarina não pretendia contar-lhe a verdade naquele momento:

— Estou um pouco cansada, quero tirar uns dias de licença da faculdade, dar uma volta pelos arredores, não vou muito longe.

Ela mostrou a ele o guia turístico que estava lendo.

Vendo que Catarina falava a verdade, Bruno finalmente relaxou um pouco e soltou-a:

— Que bom. Eu sabia que você não seria tão mesquinha assim, é só uma patente, da próxima vez você pode registrar outra.

Nesse instante, o celular dele tocou. Era Fábio, do hospital:

— Bruno, onde você está? Joana acordou e percebeu que você não estava ao lado dela, a crise voltou, agora ela está chorando, batendo a cabeça na parede, sangrou muito, venha rápido.

Bruno apressou-se a sair, mas ainda se virou para alertar:

— Se quiser viajar para espairecer, vá, só não se afaste muito de casa.

Catarina sorriu em silêncio:

Fique tranquilo, não vou longe, só o suficiente para não ser encontrada por vocês.

Ao passar pelo quintal, olhando para a pilha de cinzas irreconhecíveis, Bruno franziu a testa, sentindo-se desconfortável.

Mas logo se tranquilizou, afinal, Catarina já havia sido tão fria, ele não tinha porque sentir culpa por alguém assim.

Só não entendia o motivo.

Ainda sentia que Catarina escondia algo dele.

"Deixa de imaginar besteira, para onde ela poderia ir?"

"No momento, o mais importante é cuidar da Joana, não posso me distrair."

Pensando em Joana, Bruno virou-se e deixou Catarina para trás.

Nos dias seguintes, Catarina percorreu todos os pontos turísticos da cidade com um grupo.

Ao seu redor, só jovens da sua idade, o ambiente era excelente.

Assistiram ao pôr do sol no topo da montanha, cantaram e fizeram churrasco sob as estrelas.

Ali, ela já não se sentia ferida por laços familiares ou amorosos, e cada vez mais acreditava que no fim das contas, as pessoas deviam viver para si mesmas.

O último destino da viagem foi um restaurante-jardim de alto padrão.

Catarina havia escolhido um lugar junto à janela, pronta para aproveitar a tarde em silêncio, quando viu alguém entrar no restaurante.

Era Joana.

Hoje também era o dia da alta de Joana.

A família inteira estava ali para comemorar com ela.

Sentaram-se no lugar mais visível do salão.

Champanhe, presentes, bolo.

Tudo aquilo que Catarina jamais tivera, agora estava diante de Joana, como uma verdadeira princesinha, à sua disposição.

Ao ver Gilberto servindo vinho para Joana, Bruno mostrou preocupação:

— Sr. Serpa, Joana acabou de sair do hospital, não deixe ela beber.

— Imagina, quem vai beber comigo, senão vou desperdiçar o vinho! Que tal você beber umas taças por ela, Bruno?

— Bruno, não se preocupe, um pouco não faz mal. — Joana sussurrou docemente ao ouvido de Bruno, — O seu pai está feliz hoje, não quero estragar o clima, deixa eu beber um pouco.

A proximidade dos dois, para todos ao redor, era de um casal recém-apaixonado, com o romance em pleno florescimento.

Diante disso, Fábio logo provocou:

— Se não quiserem beber, então se beijem, que tal?

Os olhos de Gilberto se iluminaram:

— Isso mesmo, deem um beijo e eu não deixo Joana beber.

O rosto de Joana ficou imediatamente corado.

Mas ela não recusou.

Em vez disso, olhou para Bruno.

O olhar sedutor e o queixo levemente erguido.

Como se esperasse por algo.

Bruno, enfeitiçado pelo brilho sedutor em seus olhos, sentiu a boca seca. No momento em que hesitava, Joana de repente se aproximou e, tomando a iniciativa, beijou seus lábios.

Bruno não esperava tamanha ousadia de Joana e, por reflexo, tentou afastá-la.

Mas quando sentiu o calor suave de seu corpo junto ao dele, acabou cedendo ao avanço dela, correspondendo ao beijo, ofegante, sem conseguir se controlar.
Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP