DOMINICK
A mesa era longa, feita de carvalho escurecido e entalhada com símbolos antigos. Tinha mais de três metros e sustentava o peso de gerações. Naquela manhã, ela estava cercada pelos líderes mais influentes das células mafiosas da Europa.
Palermo respirava perigo.
A mansão Santorini, situada sobre as colinas mais altas da cidade, parecia imponente como nunca. Cada janela vigiada. Cada acesso triplicado. Cada garrafa de vinho inspecionada por agentes armados.
Dominick Santorini observava os homens e mulheres sentados à sua frente. Nenhum sorriso. Nenhuma saudação calorosa. Apenas tensão. Desconfiança. Pólvora silenciosa prestes a explodir.
Henrique permanecia atrás dele, em posição de guarda, mas pronto para agir como general se a reunião virasse campo de guerra.
Dominick começou.
— Estamos reunidos porque nosso nome está em risco. Não apenas os Santorini, mas o nome da nova ordem. Giuliano quer o trono, mas não quer a responsabilidade. Quer restaurar os códigos antigos... os mes