VIENA – ALA SUBTERRÂNEA DA MANSÃO SANTORINI – 03h03
O silêncio ali dentro era diferente. Não era apenas falta de som — era ausência de destino. No centro da sala, Rael estava preso a uma cadeira de contenção com trancas biométricas em cada membro. O rosto ainda marcado pela explosão de energia. A expressão, calma.
Domenico observava da janela de segurança, mãos cruzadas atrás das costas.
— Ele não falou nada desde que acordou? — perguntou.
Henrique negou com a cabeça.
— Não. Apenas... sorri.
— Isso é pior do que palavras.
Amara apareceu, séria.
— Leonardo ainda dorme. A energia dele está estável. Mas... algo mudou.
— O quê?
— Quando ele acordou... disse uma palavra.
— Qual?
Ela hesitou.
— “Escolha.”
ISABELLA – SALA DE VIGÍLIA – 04h12
Isabella estava sentada diante de Rael. Os dois frente a frente.
— Você não tentou me matar — disse ela.
Rael ergueu os olhos.
— Eu sou você.
Não preciso te destruir. Só preciso... que você decida.
— Decidir o quê?
— Entre protegê-lo