Os dias que se seguiram à selagem da fenda foram de silêncio respeitoso e reconstrução lenta. O solo da Terra Profunda, agora selado, jazia imóvel — mas ninguém ousava considerá-lo seguro. Lysandra, embora ferida, foi carregada nos braços de Aric de volta à floresta, onde os curandeiros da matilha cuidaram de seus ferimentos sob cantos antigos.
A aldeia, outrora devastada pelas investidas de Viktor, começava a ganhar nova vida. As cinzas haviam sido varridas, e novos troncos eram erguidos onde as cabanas haviam ruído. Crianças voltaram a correr pelos caminhos de terra, e os uivos ao pôr do sol voltaram a soar não como gritos de guerra, mas como canções de vigília.
Lysandra caminhava entre os escombros transformados em promessas. Carregava ainda as cicatrizes no braço e o peso de tudo o que havia perdido — mas seus olhos brilhavam com o mesmo prateado que encantava a lua cheia.
— Está ficando bonito, não acha? — disse Aric, surgindo ao seu lado, observando os guerreiros levantarem a no