O uivo se espalhou pela noite como um trovão vivo, reverberando pelas árvores e pelo coração de cada lobo e humano que o ouviu. Não havia agressividade naquele som, mas sim um peso ancestral, algo que chamava e ao mesmo tempo testava.
Selin sentiu os pelos da nuca arrepiarem-se. A marca em seu braço, que até então brilhava levemente, agora queimava como fogo líquido. Ela sabia: o guardião não era mais apenas uma visão. Ele estava próximo, talvez já dentro das fronteiras da floresta sagrada.
Helena foi a primeira a reagir.
— Preparem-se. — Sua voz não era um grito, mas cada guerreiro ouviu como uma ordem inquebrável. — Isso não é um inimigo comum. É o próprio destino nos chamando.
Os jovens guerreiros, ainda exaustos do treino, correram para formar fileiras. Malik ergueu a lança, os olhos atentos à escuridão da mata. Lysandra aproximou-se instintivamente de Aric, que já sentia a fera em seu peito rugindo, ansiosa por correr em direção ao som.
— Não podemos simplesmente ir às cegas — m