O primeiro impacto veio como um trovão. As sombras de Iskar’oth se ergueram em colunas que arranhavam o céu inexistente do Vale, girando em redemoinhos que absorviam a luz. O chão vivo estremecia, rachando como se buscasse fugir da presença da entidade. O riso dele ainda ecoava, grave e arrastado, misturando-se ao sopro de mil vozes que jamais deveriam existir.
Selin, no centro do círculo, sentiu o peso esmagador daquilo. Sua pequena estatura parecia insignificante diante da massa colossal que era Iskar’oth. Ainda assim, ela não vacilou. O coração do Vale pulsava dentro dela, e a cada batida, um novo fio de coragem se entrelaçava à sua alma.
— Ele está tentando nos separar — disse Helena, os olhos brilhando no limite do lupino. — Se deixarmos que a sombra quebre nossa formação, estaremos perdidos.
Darek, segurando sua lança com as duas mãos, cuspiu no chão. — Que tente. Se a Guardiã diz que ele é apenas medo, então vamos mostrar a ele o que é coragem.
Aric não respondeu. Sua pele já c