Lucretia Bellanti vê sua vida desmoronar. Na véspera do casamento, ela descobre a pior das traições — seu noivo nos braços de sua meia-irmã, conspirando para tomar tudo o que é dela. Perseguida e sem saída, Lucretia foge… apenas para cair no território proibido de Rhys Jarsdel, o Alfa que mais a despreza. Ele deveria tê-la matado. Em vez disso, Rhys a mantém como prisioneira, uma peça em seu jogo de vingança. Mas a vontade de sobreviver desperta a chama de Lucretia. — Últimas palavras antes de morrer? — Por favor, não me mate. — Ela pediu. — Eu… eu posso te ajudar a se tornar o próximo Supremo! Ela sentiu os dedos quentes de Rhys em volta de sua garganta fina, apertando a garganta dela e lhe restringindo o ar. — Agora, eu devo negociar com a sua laia? — P-por fav-vor…
Leer másApós quatro anos de relacionamento, finalmente Kolby Sheffer pediu Lucretia Bellanti em casamento! Na véspera, ela não se aguentou e resolveu ligar para o seu noivo.
— Você sabe que dá azar ver a noiva antes do casamento! — Kolby disse suavemente. — Amanhã nos casaremos, fique tranquila. Por que não descansa, huh? Você será a Luna mais linda!
Lucretia fez um beicinho e estava prestes a falar algo, quando um gemido foi ouvido ao fundo da ligação. Ela franziu a testa e apertou o aparelho com força contra a orelha.
— Quem está aí, Kolby?
Ela podia jurar que ouviu um “Shh!” e uma risada feminina.
— Não tem ninguém aqui! Amor, acho que você tá cansada e nervosa. Amanhã é o nosso grande dia. É melhor irmos dormir.
Sem esperar por uma resposta, ele finalizou a ligação. Lucretia olhou para o celular em suas mãos e mordeu os lábios. Será que ela tinha mesmo ouvido errado?
“Claro que sim. Kolby me ama. Ele jamais me trairia!”
Com o coração mais calmo, ela decidiu seguir o conselho do noivo e ir dormir. Lucretia desceu do terraço em direção ao quarto dela, mas um som vindo do lado a fez parar e olhar. Era o quarto de Deidra, sua meia-irmã. Um gemido.
“Isso não é da minha conta…” Lucretia disse a si mesma, porém, mais um gemido e, dessa vez, masculino. Mas não era qualquer homem, aquela voz…
Mesmo sem querer acreditar, os passos de Lucretia a levaram para a porta entreaberta, como se se movessem por conta própria.
— Isso! Mais forte! — a voz de Deidra, cheia de luxúria, ecoava para fora do quarto, pela fresta da porta.
Lucretia ficou ali, parada, ouvindo enquanto o próprio noivo estava por cima da meia-irmã, que gemia sem pudores, as pernas ao redor do tronco dele, que investia com força.
Ao mesmo tempo que queria sair correndo para não continuar ouvindo o que a machucava, nem vendo a cena que lhe queimava o coração, o corpo de Lucretia não respondia, como se quisesse que ela testemunhasse a traição. Para que ela nunca esquecesse.
Lucretia finalmente despertou do choque e ia abrir a porta para confrontá-los, mas as próximas palavras da meia-irmã a fizeram parar com a mão no ar.
— Amor, por que vai casar com ela? Você nem a ama! — Deidra perguntou, de um jeito manhoso e fazendo pequenos círculos com o dedo indicador no peito pálido de Kolby.
— Eu já expliquei. Ela é a herdeira direta. Você sabe que o seu pai vai dar o comando do Bando a ela depois do casamento. — Kolby acariciou a bochecha de Deidra com o dorso dos dedos, uma expressão de pura adoração no rosto. — Depois que eu me casar com ela, já tenho planejado. Vou arranjar alguém pra dar um fim nela. Eu vou assumir o Bando e, então, você e eu poderemos ficar juntos. Você será a Luna do LongFang e do CrestMoon Pack.
Ele beijou Deidra com paixão, enquanto esta ria abafado. Lucretia sentiu o coração se apertar, esmagado pela dor da traição e acabou deixando que o celular lhe escapulisse pelos dedos.
— Quem está aí?! — Era uma voz feroz que ela nunca tinha ouvido.
O sangue de Lucretia congelou nas veias, o ar não parecia suficiente para encher-lhe os pulmões.
[“Anda logo!”], a loba de Lucretia, Kali, lhe implorou. [“Ele quer te matar”]
Sem pensar mais, ela desceu as escadas o mais rápido que podia, escorregando no último degrau. O rugido de Kolby foi ouvido e Lucretia sabia que, se não fosse rápida, ela seria finalizada!
Ao se levantar, Lucretia sentiu o tornozelo doendo. Ela tinha torcido! Mas aquilo era irrelevante. E ela não tinha tempo para esperar que o sangue de lobo Alfa em suas veias a ajudasse a se recuperar! Ela correu, sentindo, a cada passo, a dor irradiando para a perna inteira.
— Lucretia! — ela ouviu Kolby chamando por ela, porém, ela não podia parar, ela não podia nem mesmo olhar para trás. — Volte aqui agora mesmo!
A voz era mais grave.
Apesar da dor, a única coisa que surgia na mente de Lucretia era: Corra!
Ela disparou para fora da casa.
— Agarrem-na! Não deixem que ela fuja!
Lucretia foi ajudada a se levantar por uma ômega, que tinha uma toalha em mãos e a cobriu mais. Assim, ela não se sentiu tão mal ao sair daquela sala, dando as costas para aqueles machos. Por um momento, Lucretia pensou que talvez as coisas poderiam não ser tão ruins. Se ela ao menos conseguisse falar com Rhys, ela talvez pudesse convencê-lo de que ela não era uma ameaça! E que ele definitivamente não precisava puni-la. Ela nem mesmo queria ficar no bando dela, ela estava apenas de passagem! Enquanto andava, Lucretia percebeu que a packhouse deles era imensa. Ela virava e virava em corredores, até chegar a um salão mais amplo e lá havia uma escadaria que se bifurcava no topo. “Pelo menos esse bruto tem bom gosto”, ela disse a si mesma. O candelabro no meio do grande salão era proporcional ao tamanho do ambiente e, Lucretia apostaria, era feito de cristal. “E também gosta de ostentar!”[“Talvez já estivesse aqui quando ele nasceu. A mãe dele está viva ainda, não?”]Pelo que Lucreti
— Alfa, talvez seja melhor mantê-la viva. — A voz suave de Jamil Grahan ecoou pela sala, mas Lucretia mesmo não conseguia ouvir. Tudo o que ressoava nos ouvidos dela eram seus batimentos cardíacos que buscavam mantê-la viva. Rhys olhou para o lobo de meia-idade, que serviu ao pai dele por anos. O Conselheiro do Shadowblood sempre foi um lobisomem capaz. — E por que eu faria isso? Ela… o sangue dela é sujo! Sangue de covardes, de traidores! — Rhys voltou a olhar para Lucretia e o rosto dela já estava ficando roxo. Os olhos era de uma cor que ele não conseguia distinguir se azuis ou verdes. Lembravam a ele o mar, que ele tinha visto há muitos anos. — Ela pode ser útil! Ela é do bando inimigo, Alfa. Podemos usá-la para acabar com eles. — Jamil falou, olhando com preocupação para a jovem, cujos olhos reviraram no crânio. Os lábios de Rhys se apertaram, bem como a mão dele, antes de os dedos afrouxarem e o corpo de Lucretia escorregar para o chão. Rhys se afastou, passando a mão pelos
— Alfa, o que vai fazer com ela? — Martin, o Beta, perguntou ao macho próximo a ele, que emitia uma aura fria e indiferente, enquanto olhavam para a figura no chão. Martin estava fazendo a ronda quando sentiu o cheiro de um invasor e rapidamente foi atrás. Quando viu que era uma fêmea, ele a observou enquanto ela corria em direção à parte mais densa da floresta do bando. Ela era uma invasora e, então, ele a reconheceu pelo cheiro: ela era do Longfang Pack! O lobo dele agiu mais rápido do que ele e correu em direção à forasteira, derrubando-a em direção à cerca elétrica que rodeava o penhasco daquele lado. Depois disso, ele a levou para o Alfa. Rhys olhava para a fêmea de cabelos escuros como uma noite sem estrelas. O peito branco como neve dela estava meio exposto, aparecendo e desaparecendo de forma sedutora. Ele tinha uma expressão fria.— Acordem-na. — A voz dele não carregava nem um pingo de piedade. — Andem! Dois ômegas se aproximaram com os baldes de água fria e os despeja
Lucretia não tinha outra escolha a não ser se transformar. Ela deixou que Kali tomasse forma. Assim, ela teria alguma chance de escapar! O solo úmido da floresta estava sob as patas dela e, a cada passada, a dor no tornozelo apenas aumentava. Como se não fosse o suficiente, algo entrou, rasgando a pele, e Lucretia sentiu os olhos enchendo d' água e ficando embaçados. [“Não podemos parar!”] Ela disse a Kali, que choramingava. O rosnado dos lobos atrás dela era o impulso que Kali precisava para acelerar. Ela resolveu arriscar uma olhada por cima do ombro. Eles estavam muito perto! O problema foi que, ao olhar para frente, Kali precisou desacelerar. Um precipício se mostrava ali, íngreme, alto demais para simplesmente pular. Elas morreriam com a queda, sem sombra de dúvida! [“O que faremos?”]Lucretia olhou para o lado. Havia apenas uma outra alternativa, que era atravessar a fronteira. Mas não era qualquer fronteira, pois aquele era o ShadowBlood, o Bando Inimigo! Se não fossem as
Após quatro anos de relacionamento, finalmente Kolby Sheffer pediu Lucretia Bellanti em casamento! Na véspera, ela não se aguentou e resolveu ligar para o seu noivo. — Você sabe que dá azar ver a noiva antes do casamento! — Kolby disse suavemente. — Amanhã nos casaremos, fique tranquila. Por que não descansa, huh? Você será a Luna mais linda!Lucretia fez um beicinho e estava prestes a falar algo, quando um gemido foi ouvido ao fundo da ligação. Ela franziu a testa e apertou o aparelho com força contra a orelha. — Quem está aí, Kolby? Ela podia jurar que ouviu um “Shh!” e uma risada feminina. — Não tem ninguém aqui! Amor, acho que você tá cansada e nervosa. Amanhã é o nosso grande dia. É melhor irmos dormir. Sem esperar por uma resposta, ele finalizou a ligação. Lucretia olhou para o celular em suas mãos e mordeu os lábios. Será que ela tinha mesmo ouvido errado? “Claro que sim. Kolby me ama. Ele jamais me trairia!”Com o coração mais calmo, ela decidiu seguir o conselho do noiv
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