A maçaneta se moveu mais uma vez. Trancada. Um leve baque do lado de fora indicou que alguém havia testado a força da porta com o ombro. Theo se manteve imóvel, os olhos atentos à entrada. Eleanor apertava os dedos em torno da moldura da janela, como se pudesse extrair força da madeira velha.
— Não temos tempo — Theo sussurrou. — Se forem hostis, não podemos ficar presos aqui dentro.
Ela assentiu. Um ruído de vidro — passos se afastando pela lateral da casa. Estavam tentando encontrar outra entrada. Theo se moveu em silêncio até a janela por onde haviam entrado. Espiou por entre a cortina rasgada.
— Dois — murmurou. — Um homem mais velho e uma mulher. Estão vindo pelos fundos.
— Será que são moradores? Ou…
— Não parecem da vila. Estão vestidos de maneira discreta, mas andam com propósito. Sabem o que estão procurando.
Theo puxou Eleanor pela mão e os dois recuaram para o corredor estreito, onde o chão rangia sob seus pés, mas ao menos os afastava da linha direta de visão. Passaram pel