A manhã seguinte chegou com um tipo raro de luz: suave, dourada, quase reverente. Yorkshire parecia mais silenciosa do que nunca, como se o mundo ao redor também aguardasse, em respeito, os desdobramentos do que havia sido reencontrado. Dentro da casa dos Holloway, o tempo parecia desacelerar — não por inércia, mas por necessidade.
Theo estava encostado no batente da porta, uma xícara de café frio entre os dedos. Olhava para o jardim malcuidado com um ar distante, como se tentasse assimilar não apenas o reencontro com James, mas também a própria dimensão do passado que os unia. Uma história fraturada, agora com partes soltas finalmente se encaixando — mesmo que com cicatrizes.
— Você sempre acorda tão cedo? — perguntou James, surgindo atrás dele com passos leves.
Theo esboçou um meio sorriso, sem virar o rosto.
— Desde que perdi a capacidade de dormir tranquilamente. — Pausa. — Tem dias em que me pergunto se algum de nós algum dia realmente dormiu em paz.
James se aproximou, encostand