O céu parecia respirar, aliviado, como se compartilhasse com eles o fardo que lentamente começava a se dissipar. As nuvens carregadas dos últimos dias haviam se desfeito, revelando um azul suave, límpido, como uma promessa silenciosa de que algo, enfim, estava mudando.
A Casa das Hartwood permanecia ali — firme, antiga, mas com uma nova energia correndo por seus cômodos. Eleanor atravessava a cozinha com uma xícara fumegante de chá entre as mãos, os passos descalços deslizando pelo assoalho de madeira. Theo estava no jardim dos fundos, olhando para as colinas distantes, onde o verde tocava o céu. Ele parecia mais leve — os ombros menos tensos, o olhar menos sombrio.
Eleanor parou no batente da porta e o observou por um instante, em silêncio.
— Você parece outro — comentou, com um sorriso contido.
Theo se virou, os olhos encontrando os dela. Havia uma tranquilidade nova ali, algo que não existia nas semanas em que tudo parecia ruir.
— Acho que pela primeira vez em anos... eu respiro se