A neblina se dissipava lentamente quando o carro deixou a estrada principal e entrou na faixa de cascalho que levava à uma parte distante da vila de Oakmere. Era uma manhã silenciosa, fria o bastante para que Eleanor mantivesse o casaco fechado até o pescoço. Ao lado dela, Theo mantinha os olhos fixos na paisagem, mas sua mente parecia a quilômetros dali.
— Nunca estive aqui nesta parte — ele disse, quase em tom de confissão.
— Eu também não — Eleanor respondeu. — Mas sinto como se já conhecesse esse lugar. Talvez porque é onde tudo parece ter sido escondido.
Oakmere parecia uma vila esquecida no tempo. Casas de pedra com telhados baixos e jardins tomados por heras formavam uma moldura silenciosa ao redor da estrada principal. Havia um pequeno mercado, uma cafeteria fechada e um poste com placas de madeira apontando para caminhos rurais. Tudo ali parecia conter sombras do passado, prontas para ressurgir.
Seguindo as anotações do caderno de Celia, chegaram a uma trilha de terra estreit