Eleanor acordou antes do sol, com os olhos ardidamente abertos e o caderno de Vivienne ainda ao lado da cama. Por um momento, pensou ter sonhado com a descoberta, mas bastou um toque no tecido da capa para lembrar-se de tudo — o compartimento secreto, as anotações, a ameaça velada. E o vulto do lado de fora da casa.
Levantou-se e olhou pela janela. A manhã ainda não tinha rompido de todo, mas as sombras já se dissipavam nas bordas da floresta. Nada. Nenhum sinal de que alguém estivera ali. Mesmo assim, a inquietação era real, e latejava sob sua pele como eletricidade.
Vestiu-se com rapidez e, impulsivamente, colocou o caderno dentro da bolsa. Havia uma única pessoa em quem ela confiava o suficiente para dividir aquilo.
Theo.
O caminho até a casa dos Ravenscroft parecia mais curto naquela manhã. Talvez fosse a pressa. Talvez fosse a urgência de sentir que não estava sozinha naquela história. Bateu à porta com força, o coração acelerado. Ouviu passos, depois a porta se abriu.
Theo a enc