Felipe saiu do galpão com o paletó manchado de sangue. Passou horas ali até conseguir as informações que queria, seu pai estava satisfeito com o resultado e ele também. Sua alma podia estar um pouco mais perto do inferno, mas o poder estava em suas mãos.
O celular, agora nas mãos dele, mostrava 23 chamadas perdidas da escola. O estômago revirou. Aquilo não era um capricho, não podia ser... Ninguém liga tantas vezes assim por algo pequeno.
Omar ligou antes que ele pudesse retornar. Já que o pai estava indisponível, o tio, foi contactado.
— Por Deus, finalmente atendeu! — Omar disse.
— O que foi? O que aconteceu com o meu filho? — Felipe olhava para o pai que engoliu seco. Sua insistência em priorizar os negócios causara um grande desastre.
— Houve um incêndio na escola
O coração de Felipe parou. Ele precisou ser amparado pelo pai para não cair.
— Meu filho... como está meu filho — perguntou com medo.
— Caio está no hospital. Ele inalou muita fumaça, mas já está acordado.
Respirou alivi