Clara
O carro mal parou e eu já sentia os olhos sobre nós. Meu coração acelerou como se estivesse prestes a explodir.
— Pronto para enfrentar o circo? — ele perguntou, com um sorriso desafiador enquanto desligava o motor.
Eu engoli seco, minhas mãos suando levemente.
— Você realmente não tem noção do que está fazendo, não é?
Ele apenas riu, aquela risada baixa e sensual que fazia meu estômago embrulhar, e saiu do carro. Antes que eu pudesse protestar, Theo deu a volta no carro com calma, como se não houvesse nada demais em nos vermos chegar juntos, e abriu a porta para mim. O gesto, gentil em qualquer outro contexto, agora parecia combustível para rumores.
— Pode deixar que eu subo sozinha... — tentei argumentar, mas ele apenas arqueou uma sobrancelha, aquele sorrisinho arrogante nos lábios.
— Tarde demais, todo mundo já viu. — e então piscou para mim. Aquele idiota.
Suspirei e saí, tentando manter uma postura profissional, embora sentisse o sangue pulsando em cada canto do meu corpo.