Clara
A manhã seguiu em um ritmo acelerado, como sempre acontecia nas segundas-feiras. Ligações, e-mails, planilhas para revisar, relatórios para entregar e o burburinho nos corredores que, mesmo sem ouvir diretamente, eu sentia ser sobre mim. Eu tentava ignorar.
Quando terminei de organizar os documentos que precisavam da assinatura do doutor Roberto, respirei fundo antes de caminhar até sua sala. Bati na porta duas vezes e esperei.
— Pode entrar, Clara — ele respondeu com a voz firme de sempre.
Entrei com um sorriso profissional no rosto e caminhei até sua mesa.
— São os contratos com os fornecedores locais. Já revisei e fiz as correções n