Clara
Nos dias que se seguiram, a lembrança daquele beijo parecia me perseguir a cada respiração. Não era apenas o toque, era o que ele significava. O beijo de Theo não foi um impulso, nem uma recaída. Foi um pedido de perdão silencioso, e talvez... uma promessa de recomeço.
Desde aquela tarde, tudo entre nós mudou. Não houve declarações, nem grandes gestos.
Theo não forçou. Não pressionou. Ele simplesmente... esteve presente. Mas os olhares prolongados, os sorrisos tímidos e os gestos gentis começaram a preencher o vazio que existia entre nós.
Theo passou a aparecer todas as manhãs, antes de ir para a empresa, só para ver o Benjamin. E na volta da empresa, ele sempre era presença constante para o jantar. E, quando o bebê dormia, ele ficava por perto, ajudando em silêncio, como se aquele lar já fosse dele também.
Eu tentava manter as coisas sob controle, manter a mente racional, os pés no chão. Mas era impossível ignorar o que o meu coração fazia toda vez que ele se aproximava.
Ver T