Mundo de ficçãoIniciar sessãoFelipe é um homem de presença marcante: alto, atlético, cabelos castanho-claros com um leve brilho dourado e olhos verdes que parecem enxergar tudo ao seu redor. Empresário de sucesso e líder nato, ele é confiante, implacável e tem uma aura que mistura poder e mistério. Alice, por outro lado, é doce e sensível, com longos cabelos castanhos cacheados que refletem sua personalidade gentil e intensa. Quando os caminhos de Felipe e Alice se cruzam, eles se veem atraídos um pelo outro, mesmo que o mundo ao redor pareça conspirar contra essa união. Entre encontros inesperados, tensões silenciosas e momentos de vulnerabilidade, nasce uma conexão profunda, repleta de desejo, descobertas e desafios. Enquanto Felipe luta para conciliar seu lado autoritário e controlador com sentimentos que não sabia que tinha, Alice precisa encontrar coragem para se abrir para alguém que parece impossível de ser alcançado. A história é uma mistura de romance intenso e drama emocional, onde atração, conflitos e paixão se entrelaçam, mostrando que até os corações mais fortes podem se render ao amor quando encontram a pessoa certa.
Ler maisO olhar dela suavizou, mas o fogo não diminuiu. Os dedos de Liandra desceram, encontrando a barra da camisa dele. Em um movimento breve, firme, ela começou a levantá-la, como se qualquer tecido entre os dois fosse um insulto àquilo que precisavam. Rafael hesitou por um segundo, mais por reflexo do controle de anos do que por vontade real. Ela percebeu. — Eu... — disse, lendo o silêncio dele. —E eu preciso de você. A frase pousou nele com o peso exato que deveria ter. Era a forma mais honesta que o vínculo tinha encontrado de pedir socorro. Ele ergueu os braços, facilitando que ela tirasse a camisa. A pele encontrou o ar frio do apartamento, e, logo em seguida, o calor dela. As mãos de Liandra deslizaram pelo peito dele num gesto que não era só desejo; era reconhecimento. Como se cada cicatriz, cada linha, cada músculo fosse algo que ela já conhecia, mas precisava confirmar de novo. Ela encostou os lábios na pele dele, um beijo curto, outro mais longo, um roçar de den
O relógio digital na mesinha marcava 02h14 quando Rafael desistiu, pela terceira vez, de tentar dormir. Virou de lado. Olhou o teto escuro. Inspirou fundo, como se o ar pudesse preencher o vazio que o lobo insistia em escancarar dentro do peito. Desde que Liandra tinha ido embora, dormir era um verbo educado demais para o que ele fazia. No máximo, o corpo desligava por minutos. A mente, nunca. Levantou, passou a mão pelo rosto, sentiu a barba áspera sob os dedos. O apartamento em Chicago estava silencioso, cortado apenas pelo som distante da cidade lá embaixo. Nada familiar. Nada que lembrasse lar. Lar, ele sabia, não era lugar. Era cheiro de mirtilos. Era uma loba de olhar firme e língua afiada. Era o silêncio confortável quando ela respirava ao lado dele. E, naquela madrugada, o silêncio sem ela parecia barulho demais. O vínculo, inquieto, vibrava de forma estranha. Não era exatamente dor. Nem exatamente saudade. Era uma urgência quente, uma espécie d
POV LIANDRAO fim da tarde em Chicago sempre tinha aquele tom alaranjado e frio que parecia pintar as ruas de melancolia.Para qualquer pessoa comum, era apenas mais um fim de tarde.Para Liandra, era um lembrete incômodo de que ela estava longe de casa.Longe de quem amava.Longe de quem queria.E, pela primeira vez em anos, longe de si mesma.Alice estacionou o carro no portão da matilha e desligou o motor, virando-se imediatamente para ela com aquele olhar que conhecia há mais de uma década, o olhar de quando Alice decidia ser sincera, sem rodeios, sem filtros.— Você está diferente. — ela disse. — Desde que chegou no shopping, desde que saiu do treino… você está segurando o mundo nas costas.Fez um gesto amplo.— E, Leandra, você nunca segurou nada sozinha. Por que agora?Liandra apoiou o queixo na mão, olhando para o horizonte por alguns segundos.O sol estava quase se escondendo, e por um instante ela desejou que pudesse se esconder junto.— Não é tão simples. — respondeu.Alice
Rafael acordou antes do sol, como sempre fazia. Ou melhor: “acordar” era apenas a palavra mais educada para descrever o ato de desistir de lutar contra a insônia. Sono real não existia desde que Liandra não respirava ao lado dele. Tomou banho, vestiu-se e desceu para a sala silenciosa do apartamento em Chicago. A cidade ainda despertava, mas ele já estava diante do laptop às 6h15. Havia novos relatórios: • previsões financeiras enviadas por Camila durante a madrugada • listas de vigilância atualizadas • movimentação de concorrentes menores • alertas de segurança de Samuel • cronogramas, pagamentos pendentes, mapas de risco Rafael mergulhou em tudo com a precisão que o tornava temido, organizar, prever, decidir. O tipo de controle que qualquer alfa dominaria, mas que ele executava como ninguém. Ainda assim, sob a funcionalidade impecável, o vínculo pulsava. Firme. Presente. Vivo demais. Perto do meio-dia, no instante em que revisava as projeções trimes
Tinham se passado dois dias desde que Liandra retornara à matilha. Dois dias em que ela treinou até doer. Dormiu de lado para evitar pensar. E respirou fundo tantas vezes que o corpo já fazia sozinho. Naquele fim de manhã, ela estava no pátio, ajudando o pai a revisar ataques e defesas com jovens guerreiros. Precisava do movimento, do foco, da rotina que sempre a manteve centrada. Foi quando o celular vibrou no bolso. Alice. Liandra atendeu enquanto limpava o suor da testa. — Você voltou pra Chicago e nem avisou? — a voz de Alice veio com indignação teatral. — Que tipo de amiga faz isso? Liandra fechou os olhos por um segundo antes de responder: — Eu tô aqui, né? Agora você já sabe. — Não, senhora — Alice retrucou. — Isso não vai ficar assim. Onde você está? — No centro de treino. — Ótimo. Tô indo pra aí. Liandra nem teve tempo de protestar. Quando desligou, o pai dela atento , firme, experiente, a encarou com aquele olhar que via além do rosto. — Pode ir, filha. — diss
POV CAROLINE Caroline estava sentada na cama do quarto que a Matilha Lua Vermelha havia cedido para ela. Tudo ali era confortável, bonito… E absolutamente insuficiente. Ela não estava ali para se acomodar. Estava ali removida. Tirada. Exilada. Por causa de Liandra. A visão dela se estreitou só de pensar no nome. Pegou o celular e ligou. Thiago atendeu no segundo toque, voz séria, madura, daquela que carregava peso de decisões importantes, mas sempre sentiu para ele. — Caroline? — ele perguntou, já preocupado. Você sumiu ontem. O que houve? Ela deixou um suspiro quebrado sair — na medida exata. — Ele me tirou da matilha, Thiago. Ele… me mandou embora. O silêncio dele veio pesado, firme. — Rafael fez isso? Ele realmente te retirou do território? — Expulsou, você quer dizer. — ela corrigiu, macia e amarga. Thiago respirou fundo. A frustração dele não era de ciúme, era de alguém que a conhecia desde criança, alguém que já tentou mostrar outros caminh
Último capítulo