“A verdade pode ser abafada por um tempo, mas jamais se cala para sempre.” — Mahatma Gandhi
O tribunal estava lotado de expectativa. Embora o processo corresse sob segredo de justiça, a presença da imprensa diante do fórum era avassaladora. Do lado de dentro, apenas advogados, o juíz e as partes envolvidas. Mas do lado de fora, a multidão clamava por cada fragmento de verdade.
Na sala, Victoria entrou apoiada no andador. O vestido claro, o semblante de fragilidade, o olhar ensaiado como se vítima fosse.
Dayse não desviou os olhos: observava cada gesto, cada minúcia, sabendo que logo as máscaras cairiam.
Enzo estava ao lado dela, sóbrio e firme, mas no íntimo sentia as memórias de anos de manipulação latejando como feridas abertas. Theo e os irmãos ficaram em uma sala separada, sob proteção. Esse não era um lugar para eles — não ainda.
O juiz abriu a audiência. Documentos foram organizados, os autos lidos. E então um nome foi chamado:
— Senhora Luna Vasquez, favor se aproximar.
O silên