Narrado por Gregório Hackman
Os primeiros raios de sol bateram na janela da sala de guerra subterrânea quando Pietro entrou com uma nova informação.
— Pegamos um áudio. — disse ele, colocando um pen drive sobre a mesa.
Olhei de canto. A garrafa de uísque já estava quase vazia. Eu nem senti o tempo passar desde que desci pra cá. Não dormi. Não comi. Não falei com Ava desde que saí do quarto, e a última coisa que vi foi o olhar dela, assustado e confiante ao mesmo tempo. Um olhar que dizia "vai, mas volta inteiro".
Peguei o pen drive e pluguei direto na tela da parede. Um chiado. Depois uma voz.
> “A base caiu. Gregório vai respirar fumaça pelos próximos dias.”
A voz era de Marcelo de Capri.
Eu encostei devagar na cadeira, a mandíbula travada, o sangue pulsando no ouvido. Me obriguei a manter o controle. Só que meu coração já tava no campo de batalha. Já tava puxando o gatilho. Já tava vendo o sangue correr.
— Como conseguiram isso? — perguntei.
— Um de nossos informantes interceptou a