Mundo ficciónIniciar sesiónAyra Blake acreditava que viveria ao lado do amor da sua vida quando foi marcada pelo temido Rei Alfa Kael Ashford. Mas, em vez disso, foi rejeitada e humilhada — expulsa de sua alcateia enquanto carregava um segredo em seu ventre. Por anos, ela sumiu do mapa. Agora, Ayra está de volta. Não mais como uma loba qualquer... Mas como Rainha de uma alcateia inimiga. Respeitada. Temida. Imparável. E ao seu lado, um filho com os mesmos olhos do Alfa que a abandonou. Kael terá que escolher: se ajoelhar… ou guerrear.
Leer másPOV: ArukO silêncio que caiu sobre o vilarejo depois que Reina partiu era mais ensurdecedor do que qualquer rosnado.Kael havia feito sua jogada, e as 48 horas que ele nos deu pareciam um machado suspenso sobre nossas cabeças.Entrei no escritório com passos pesados. Ayra e Gabriel vieram logo atrás. A tensão na sala era tão densa que parecia vibrar no ar.A guerra estava próxima. E eu precisava ser mais lobo do que homem.— Kiara. Comecei, a voz baixa, mas cortante. — Ela conhece as nossas rotinas e o perímetro.— Já está isolada na cela de contenção, Aruk. Informou Gabriel, firme, mas sem encarar meus olhos. — Está sedada.— Não a matem. A voz de Ayra cortou o ar como uma lâmina. Ela estava de pé, o olhar firme e reluzente. — Ela é a nossa única prova da traição de Kael. E a nossa vantagem. Ela conhece os códigos de Moonfall.Olhei para ela.A mesma mulher que um dia fugiu do destino agora o encarava de frente.Forte. Serena. Implacável.— Certo. Assenti. — Extraia tudo
POV: Aruk O ar na praça parecia rarefeito. Senti o leve estremecimento de Ayra ao meu lado quando ela sussurrou o nome da intrusa. Reina. Uma ômega, mas a sua presença irradiava o tipo de confiança fria que vinha de anos de poder. Não havia calor ou submissão nela, apenas cálculo. Abracei a cintura de Ayra, apertando-a de leve para lhe dar força, e me impus diante da ômega desconhecida. — Quem é você? Repeti, minha voz agora um rugido baixo e cheio de autoridade Alfa. Reina finalmente desviou o olhar de Ayra e me encarou, seus olhos amarelos avaliando-me com um desdém estudado. — Eu sou Reina Vellora, Emissária e Consorte do Alfa Kael Ashford, da Alcateia Moonfall. E, de acordo com as leis do Conselho, eu sou a única que tem o direito de estar aqui. Eu vim cumprir uma missão diplomática e falar com Ayra. A forma como ela pronunciou o nome de Ayra, carregada de desprezo, fez o meu sangue ferver. Eu estava prestes a rosnar e mandá-la de volta para o inferno de onde
POV: AyraAcordei aninhada no calor de Aruk, sentindo o peso de seu braço forte sobre minha cintura. Pela primeira vez em anos, senti uma paz que ia além do alívio; era resolução. O confronto com Kiara e a conversa com Lucian haviam nos mudado. Não éramos mais dois lobos lutando sozinhos, éramos um único corpo, uma única família. Olhei para o rosto de Aruk, relaxado no sono, e beijei seu ombro.O sol mal havia surgido, mas a urgência em meus ossos me impulsionava. Tínhamos feito a nossa escolha; agora, precisávamos nos preparar para as consequências.— Vamos correr. Sussurrei em seu ouvido.Aruk acordou instantaneamente, seu Alfa sempre em alerta. Ele sorriu, um brilho de aprovação em seus olhos cinzentos.— Eu adoro a sua nova urgência, minha rosa.Descemos correndo a colina atrás da casa. O ar frio da manhã batia em meu rosto enquanto eu me transformava, sentindo o poder da minha Loba Escarlate se espa
POV: Kael O cheiro da minha própria alcateia, Moonfall, deveria ter sido reconfortante, mas só serviu para alimentar a fúria que fervia no meu peito. Eu havia sido humilhado. Duas vezes. Primeiro, perdendo Ayra para aquele Alfa patético. Agora, sendo expulso da casa dela como um cão sarnento. Parei na entrada da minha sala principal, o silêncio da noite amplificando o eco da minha raiva. Eu era o Alfa da Moonfall, uma das maiores e mais temidas alcateias, e Aruk, o Alfa da Sombras, havia me desafiado. Pior: Ayra me rejeitou. A ômega que a Lua destinou a mim, que carregou o meu filho, escolheu aquele parasita. "Você perdeu esse direito quando me rejeitou na frente de todos." A voz dela ecoou na minha mente, e cerrei os punhos com tanta força que senti minhas garras perfurarem a palma da minha mão. Não. Ela não tinha esse direito. Ela era minha, e o meu filho, Lucian, era a chave para a força do meu sangue. — Pensei que estaria comemorando a sua vitória, Kael. Uma v
POV: ArukFechei a porta depois que Kiara saiu, o cheiro de baunilha e ódio se dissipando lentamente no ar. A fúria em meu peito ainda estava lá, mas era misturada com um alívio avassalador. Olhei para Ayra, que ainda estava de pé, a postura tensa, os olhos fixos na porta que se fechou. Ela havia sido tão forte, tão corajosa.Eu me aproximei dela, e ela não se moveu. O seu cheiro, antes de rosas doces, agora tinha um toque de fúria e poder. Era o cheiro da Loba Escarlate.— Ayra? Você está bem? Perguntei, minha voz baixa.Ela se virou, e eu vi as lágrimas em seus olhos. Mas não eram lágrimas de medo, eram de raiva e de alívio. Ela se jogou em meus braços, e eu a abracei com força, inalando o seu cheiro, que era a minha paz.— Eu não consigo acreditar que ela fez isso. Ela sussurrou. — Ela era minha amiga.— Eu sei, eu sei...Disse, minha voz rouca. Nós ficamos assim por
POV: AyraA sensação de segurança que me preenchia com Aruk era algo que eu nunca tinha sentido antes. Ele era o meu lar. Naquela tarde, depois que Lucian voltou da escola e se divertiu na varanda, eu sabia que era a hora. O pequeno se sentou no chão da sala, desenhando em um papel. Eu e Aruk nos sentamos ao lado dele, a minha mão na de Aruk, um sinal silencioso de apoio.— Lucian, podemos conversar com você? Perguntei, minha voz suave e gentil.Ele parou de desenhar, seus olhos grandes e curiosos se fixando em nós dois.— Sim, mamãe. Ele respondeu.Meu coração se apertou. Eu me virei para Aruk, pedindo ajuda com o olhar, e ele me deu um leve aperto na mão.— Meu filho… Aruk começou, sua voz era gentil e calma. — Você sabe que nós te amamos muito, não é?— Sim, papai! Lucian respondeu, um sorriso enorme em seu rosto.Aruk sorriu, o som de "papai" era a coisa mais importante do mundo para ele. Olhei para o meu filho e voltei a falar, tomando a minha coragem e a minha resoluçã
Último capítulo