Ayra Blake acreditava que viveria ao lado do amor da sua vida quando foi marcada pelo temido Rei Alfa Kael Ashford. Mas, em vez disso, foi rejeitada e humilhada — expulsa de sua alcateia enquanto carregava um segredo em seu ventre. Por anos, ela sumiu do mapa. Agora, Ayra está de volta. Não mais como uma loba qualquer... Mas como Rainha de uma alcateia inimiga. Respeitada. Temida. Imparável. E ao seu lado, um filho com os mesmos olhos do Alfa que a abandonou. Kael terá que escolher: se ajoelhar… ou guerrear.
Leer másPOV: AyraO rosnado de Aruk não era um aviso, era uma promessa. Senti meu corpo estremecer, não apenas pelo medo, mas por uma resposta primária que eu odiava admitir. O cio, essa maldição hormonal, estava me deixando sensível, ansiando por um Alfa, qualquer Alfa, mesmo que minha mente gritasse em protesto contra a situação. Meu lobo, esse traidor, parecia não se importar com nada, apenas com a urgência de ser saciado.Aruk rosnou novamente, e em um movimento rápido e decisivo, ele se aproximou mais de mim, me puxando para seu peito forte, sua mão grande envolvendo meu braço. O toque dele era diferente, não o calor sedutor e manipulador de Kael, mas uma força bruta, protetora, que, ironicamente, acendeu outra faísca dentro de mim.— Saia daqui, antes que eu mesmo acabe com você. Não me faça repetir outra vez.A voz de Aruk soa outra vez, era como um trovão, e eu senti o ar vibrar com a ameaça.Kael soltou uma risada seca, mas seus olhos estavam fixos em Aruk, a diversão sumindo e dando
POV: Ayra Choraminguei sob seus lábios, minha mente estava turva e desejosa. Suas mãos apertavam minha cintura, me puxando para mais perto de seu corpo forte, mal percebi quando ele me arrastou para dentro de casa, me pressionando ainda mais contra seu corpo. — Você é tão gostosa, não me canso de te beijar. Kael rosnou baixo, descendo seus beijos para meu pescoço. O ar na pequena sala parecia ter engrossado, denso com uma eletricidade que ia além da simples proximidade. Eu podia sentir o corpo de Kael se aproximando tanto quanto o calor emanando dele como um ímã irresistível. Contra minha vontade, contra toda a lógica que minha mente tentava desesperadamente manter, meus instintos começaram a responder. Os feromônios dele, antes repulsivos, agora pareciam tecer uma teia em minha volta, um veneno doce que testava minha resistência. Tentei me afastar, um movimento sutil que Kael imediatamente percebeu. Um sorriso quase imperceptível brincou nos lábios dele, um triunfo silencios
POV: Ayra — Vamos lá, Ayra. Vai ser divertido. Suspirei pela quinta vez naquela manhã. Mel tinha vindo em minha casa, me convidando para um acampamento no alto das montanhas com seu irmão. — Mel, eu não sei se poderei ir. Lucian tem escola amanhã e eu tenho que resolver alguns assuntos. Falei terminando de lavar a louça e me virando para encarar a mulher de cabelos dourados. Embora eu fosse mais nova que Mel, às vezes me perguntava se a ômega realmente tinha 28 anos. — Aruk pode levar Lucian para a escola e meu sobrinho vai adorar às montanhas. Ela fez uma carinha de filhote abandonada. — Por favor? — Tudo bem, você venceu. Só espero que não esteja planejando nada. Falei desconfiada vendo o sorriso presunçoso dela. — Eu? jamais, cunhada. — Não sou sua cunhada, Mel. Falei baixo, sentindo minhas bochechas corarem um pouco. — Mas vai ser. A mulher me deu um abraço rapidamente. — Eu vou levar o Lucian para pintar comigo. Pode deixar que eu mesma pego ele na escola. Assent
POV: AyraAruk estava estranhamente quieto desde que voltamos do lago. Lucian já estava dormindo tranquilamente em seu quarto, e eu me sentei ao lado de Aruk na poltrona da sala, observando o fogo crepitar na lareira. A noite estava fria, e a proximidade dele sempre me trazia uma sensação de conforto. Eu não estava em casa, o Alfa insistiu para que fossemos dormir em sua residência hoje e como Lucian se animou por dormir na casa de seu pai, eu não neguei.— Aruk? Chamei suavemente, quebrando o silêncio. — Tudo bem com você?Ele se virou para mim, um leve franzir de testa em seus olhos cinzentos.— Por que a pergunta?— Você parece... distante. Desde que Kiara apareceu, você foi tão frio com ela. Ela é minha amiga, poderia ter sido mais amigável.Um suspiro escapou dos lábios de Aruk. Ele desviou o olhar, como se estivesse ponderando suas palavras com cuidado.— Kiara é... complicada, Ayra.— Complicada como? Ela parecia tão feliz em nos ver. E eu estava pensando em ir com ela à caf
POV: Kael Duas semanas. Cada dia era um lembrete amargo da minha tolice. Rejeitar Ayra, a mãe do meu filho, que eu nem sabia que tinha, foi o maior erro da minha existência. A imagem dela, com os olhos marejados e o corpo tenso de dor, me assombrava em cada amanhecer e em cada pôr do sol. Eu estava longe do meu vilarejo, vivendo como um exilado autoimposto, e a alcatéia das sombras, com seus próprios desafios, não era meu campo de ação. Aruk, com sua força tranquila e seu posto de Alfa, era quem guiava essa matilha. Minha vida se resumia a uma rotina solitária de caça e reflexão. Eu não podia simplesmente aparecer e esperar que Ayra me recebesse de braços abertos. A confiança que eu quebrei era um muro intransponível, e eu precisava encontrar uma forma de começar a derrubá-lo, tijolo por tijolo. Decidi que, mesmo à distância, eu poderia demonstrar meu arrependimento. Comecei a enviar suprimentos para Ayra e Lucian. Não diretamente, claro. Encontrava maneiras de deixar na porta da
POV: Kael O silêncio entre nós três parecia pesar toneladas. Aruk continuava firme, um muro invisível entre Ayra e eu, enquanto o pequeno Lucian brincava, alheio ao turbilhão que se formava ali. — Ayra. Comecei, minha voz mais suave, tentando não assustá-la. — Quem é o pai de Lucian? E não minta pra mim, por favor. Ela me olhou, os olhos cheios de medo e dúvida, e eu percebi que ela estava hesitante. — Eu sou o pai dele. Aruk rosnou baixo, protegendo Ayra com seu corpo. — Não perguntei a você, perguntei pra ela. Eu falei, mantendo meus olhos na ômega, que me encarava em silêncio. — Por que quer saber? Ayra desviou o olhar, seus olhos brilhando com lágrimas contidas. — Foram cinco anos, Kael. Cinco anos em que eu tentei seguir em frente, por que você não me deixa em paz de uma vez? você me rejeitou, lembra? Ayra fala, voltando seus olhos castanhos para mim. Eu vi mágoa e ressentimento brilhando em seus olhos, mas também podia ver saudades. Eu me aproximei um
Último capítulo