Acordei depois de um tempo, estava escuro e pouco frio, provavelmente ainda era madrugada. A casa estava silenciosa, e o calor do corpo pequeno ao meu lado era reconfortante. Lucian dormia profundamente, enroscado no cobertor de peles, uma mãozinha solta sobre meu braço, como se quisesse garantir que eu não sumiria enquanto ele sonhava.
Desviei o olhar até a janela. A lua estava alta. O luar entrava em feixes prateados, dançando pelas tábuas do quarto.
Eu tinha perdido o sono.
Meus pensamentos estavam barulhentos demais.
Levantei com cuidado, afastando os cobertores sem acordar Lucian. Vesti o casaco de linho leve e desci descalça, os pés mal tocando as tábuas de madeira. A casa de Aruk era simples, mas acolhedora. Cada detalhe parecia ter sido feito com as próprias mãos. As peles, as cordas trançadas nos móveis, os símbolos de proteção entalhados discretamente nas vigas.
A luz da lareira tremia ardente, e ali, sentado na poltrona perto do fogo, estava ele.
Dormindo.
Ou fingindo que