Acordei com a luz da manhã invadindo o ambiente. Meus olhos se abriram devagar, e a realidade caiu sobre mim como um peso.
— Merda... o que eu fiz? — murmurei, passando a mão pelos cabelos, tentando organizar os pensamentos.
Procurei minhas roupas ao redor da cama, mas não estavam ali. Levantei, ainda desnorteada, e fui até a sala. As peças estavam espalhadas pelo chão, como se a noite anterior tivesse deixado rastros por todo o apartamento.
Na cozinha, Henry estava de costas, com o celular no ouvido. Sua postura estava tensa.
— Espero que levá-la para a cama tenha te ajudado a descobrir alguma coisa — disse uma voz masculina do outro lado da linha. Parecia fria. Oficial.
Ele desligou o celular e o bateu com força na bancada. O som seco ecoou pela sala.
— O que eu fiz? — ele murmurou, passando a mão pelos cabelos com frustração.
— Se arrependeu? — perguntei, parada na porta, ainda sem roupas, vulnerável e exposta.
Henry se virou devagar. Seus olhos encontraram os meus, mas logo descer