Henry me olhou, mas não disse nada.
— Obrigada, Érica — disse Jana, sorrindo antes de voltar a correr com as crianças.
O celular de Henry tocou.
— Pode atender — falei.
— Você vai ficar bem mesmo, linda?
— Sim. Não sou nenhum monstro de sete cabeças — disse João, com sarcasmo.
— E aí, Érica?
— Eu vou ficar bem.
— Tudo bem. Quando for voltar pra casa, me liga. Seu pai precisa de mim.
Assenti com a cabeça. Henry me abraçou e foi embora.
— Foi rápida em me trocar, né? — João disse, com amargura.
— Não venha me tirar satisfação, sendo que você mentiu pra mim por dois anos.
Ele olhou para meu dedo, depois para mim.
— Pelo menos a aliança você não tirou.
Tirei a aliança e entreguei para ele.
— Bonequinha, sério mesmo?
— Sério. Mesmo que me deixou ficar com você enquanto ainda estava casado?
Eu respiro fundo, olhando para mim, apenas desvio o olhar.
 — Vai, eu não fiz por mal, só não sabia como dizer a você. Ele diz, olhando para mim.
– Não, eu não consigo mais confiar em você. Eu falo, vol