Dentro do carro estacionado diante das águas tranquilas, Glauco observava o horizonte pela janela. Ao seu lado, Paolo folheava um relatório, atento aos próximos passos.
— E então? Perguntou Glauco, sem tirar os olhos do mar.
— O material para o DNA já está no laboratório. A mulher de Carlos deve chegar a qualquer momento. Respondeu Paolo. — Ele não disse nada além de palavrões… o que conseguiu pronunciar, pelo menos. Você foi duro com ele. Acredito que o maxilar esteja realmente quebrado.
Glauco esboçou um sorriso breve, frio e contido.
Carlos havia feito muito mal a Amália. E Glauco não se arrependia.
— Peça à equipe que não perca Danilo de vista. Tenho certeza de que vai atrás de Manoela. E quero um dossiê completo dele. O que tenho... não parece verdadeiro.
Paolo assentiu. Sabia que Glauco estava certo. Danilo havia se infiltrado com perfeição, aproveitando-se da confiança para manipular, esconder, usar. Ninguém fazia isso sem um motivo forte ou sem cúmplices ou, talvez, com os doi