Foi então que homens de terno preto emergiram pelas portas do frigorífico. Os olhos de Damiano se arregalaram. Ele nunca vira aquele lado de Laerte, em Mônaco, era só um comerciante boêmio que gastava fortuna nos cassinos. Não ostentava segurança, não impunha medo como Glauco.
Mas ali, diante dele, revelava-se o mafioso silencioso. O homem que mantinha vários braços operando nas sombras. O que jamais coloca todos os ovos na mesma cesta. Um conselho valioso e agora aterrador.
Damiano pensou em fugir. Como? Nem bem o carro estacionou e sua porta foi arrancada. Foi tirado à força, sem chance de reação.
— O que está acontecendo? Balbuciou, apavorado.
— Calma. Você vai saber. Está muito ansioso... Disse Laerte, sorrindo de canto, como quem já sabia demais.
Damiano foi arrastado. Dois homens cada um segurando um de seus braços e suas pernas deslizavam sobre o cascalho como carne sendo levada ao corte.
Laerte vinha atrás, sorrindo com desprezo. — Feroz quando se trata de mulheres inocentes,